terça-feira, 6 de novembro de 2012

A violência pode e deve ser resolvida!


    O texto a seguir, é um artigo de opinião produzido por mim, sobre um problema recorrente em minha cidade, a violência. Escrevi-o para participar da III edição das Olimpíadas de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, cujo o tema é: O lugar onde vivo. Com ele conquistei duas etapas: a escolar e a municipal. Infelizmente não avancei para as demais, porém tenho convicção que dei o meu melhor!

A violência pode e deve ser resolvida!


    O lugar onde vivo inicialmente pertencia à capital do estado, Natal. Aqui os americanos, na Segunda Guerra Mundial, construíram uma base aérea na qual lançavam seus aviões para o Norte da África rumo ao Sul da Europa. Esse lugar ficou conhecido internacionalmente como “Trampoline of Victory” (Trampolim da Vitória). Só em 1958 tornou-se um município com o nome de Parnamirim.
     Parnamirim, que em tupi significa “pequeno rio veloz” é um lugar que apresenta belas riquezas naturais como o maior cajueiro do mundo.  Sua população corresponde a um pouco mais de 202.000 habitantes, e cresce constantemente na economia e no desenvolvimento. Tem destaque nacional no projeto do Governo Federal “Minha casa, Minha vida” no qual a prefeitura já construiu mais de 3.000 apartamentos para pessoas de baixa renda. Tem o maior índice de alfabetização e a escola com maior média do IDEB do estado do Rio Grande do Norte. Por essas e outras conquistas tenho orgulho de morar aqui. Mas um problema que parece ser comum em todos os lugares do Brasil atormenta nossa população: a violência.
     É comum passar pela praça do centro da cidade e ver jovens fumando cigarro e usando outras drogas enquanto deveriam estar na escola. Por vezes, esses adolescentes pedem dinheiro aos fiéis da Igreja ou as pessoas que por ali passam para pagar dívidas das drogas que consomem. Por vezes, assaltam.
Pessoas saem de casa, a qualquer hora do dia, com medo do que possa acontecer, sentem-se desprotegidas em um lugar onde a violência é cotidiana. Assalto, estupro, brigas de “gangs”, desrespeito, assassinato, estamos submissos a correr risco todos os dias, e onde está a segurança pública? Onde estão as pessoas que reivindiquem isso? Será que a população parnamirinense já se acostumou com a insegurança?
     “Violência tem em todo lugar” é o que dizem as pessoas que não vêem uma solução para resolver o problema. Isso não deixa de ser uma verdade, porém a violência é uma questão social que pode e deve ser resolvida. O artigo 144 da constituição federal de 1988 diz que segurança pública é direito e responsabilidade de todos, ou seja, nós cidadãos temos que contribuir para que haja segurança no lugar em que vivemos. Podemos fazer isso participando do conselho de moradores do nosso bairro e discutindo em qual ou em quais pontos a segurança está sendo falha e cobrarmos o nosso direito de segurança pública as autoridades.
      Há também medidas que podem ser efetuadas para que os jovens não entrem no mundo da criminalidade, desse modo, não contribuindo para a violência. Para isso, se faz necessário uma educação de qualidade que desperte o interesse da criança e do adolescente. Além da sala de aula, a escola tem que proporcionar um ambiente prolífero de vocações, promovendo competições saudáveis das mais diversas áreas do conhecimento, fazendo assim, com que os alunos se divirtam e absorvam melhor os conteúdos ministrados com ética e cidadania. Outra medida eficaz seria incentivar as crianças desde cedo a participar de projetos sociais que promovem a cultura da nossa cidade, como por exemplo, a Fundação Parnamirim de Cultura que oferece aulas de dança e teatro. É também de responsabilidade da família promover um lar pacífico, harmonioso e afetivo, educando os filhos para serem cidadãos respeitosos e honestos.
     Acredito que essas medidas reduzirão consideravelmente a violência em minha cidade se forem postas em prática. Assim como os americanos lançavam-se seguros deste trampolim rumo a vitória da Segunda Guerra Mundial, quero me sentir segura aqui também para poder dar um salto maior para o avanço, para vencer na vida, e tenho total convicção que não farei isso sozinha;  é necessário a contribuição de todos os cidadãos parnamirinenses para combatermos este mal da sociedade: a violência.
                                                                                                         
                                                                                                                             Eduarda Lopes

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